quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O MATRIMONIO NA UMBANDA ESOTÉRICA ORIENTAL

               Para um casamento na Umbanda /Quimbanda é necessário que o homem tenha o máximo de informações e seja responsável sobre o assunto.

               Particularmente faço minhas restrições, pois sei que existem mil vantagens, e uma desvantagem  somente, é o que basta, pois: Nem a morte há de separar!.... Entenda!

               São necessários três (3) dias. Os médiuns têm que estar de branco. Num centro devidamente cruzado, médiuns com banhos de descargas com 7 ervas.

               Orações iniciais, e no rufar dos atabaques inicia-se a sessão, chamando todas as 7 linhas.

               Os noivos apresentam seus padrinhos. O padrinho tem seu guia de cabeça também masculino e sua madrinha com seu guia de cabeça feminino, chamam seus guias para abençoar aos noivos, e permanecer incorporados  toda sessão.

               Já os noivos não dão passagem aos seus Orixás pelos três dias consecutivos.

               Sessão completa. Cada entidade de cada linha, e de cada médiun da corrente vão reverenciar os noivos, prometendo segurança, paz, saúde, harmonia, etc.

               Encerra-se a Sessão de Umbanda, dando abertura para a Sessão de Quimbanda, e o processo é o mesmo até o fim.

               No outro dia, as 09h00min horas (manhã) Sessão no santuário do guia de cabeça do chefe do terreiro, Exemplo: Se o guia de cabeça do Babalorixá é Oxossi, o primeiro ritual será na floresta.

               Ás 15:00 horas, sessão somente para Iemanjá, em uma praia.

               Às 18:00 horas, sessão somente para Xangô, na cachoeira.

               Ás 21h00min horas, sessão somente para Ogun, em um campo (verdes pastagens).

               No outro dia, ás 06 horas, sessão para os erês (Falange da Linha de Oxalá), em um jardim,  praia ou campo de futebol, por ser um campo verde, protegido por muros  da sociedade lá fora.

               No mesmo campo pode ser feita a sessão de Ory do Oriente, ás 9:00 horas.

               E por fim, no Centro ou local de escolha livre, a sessão de Iorimá, ás 15:00 horas.

               Terminando as 7 linhas, os médiuns podem repousar por ali mesmo, até ás 21:00 horas, onde iniciará a sessão para Exú e Pomba Gira, na Calunga pequena, (cemitério) e após as 24:00 horas a sessão completa será na encruzilhada.

               Retornam para o Centro, onde haverá outra sessão, para no final fazer todos os juramentos possíveis, sob regras abaixo:

               - Fidelidade sempre, companheirismo, respeito, etc...

               No final, o Babalorixá dirá em três línguas as orações finais.

  1.   Em Ijude.
  2.   Em Ioruba
  3.    Em português ou latin.

       As últimas palavras da oração, final são: “Vocês se uniram pelo amor, nós unimos vocês pelo pacto sagrado e nem o desencarne (morte) há de separar vocês”.

               E serão abençoados em orações, com todos os médiuns de mãos dadas formando um círculo, encerrando assim a sessão.

               Todos vão para um salão, ou outro lugar de festa, tomam, bebem sem regras, a não ser a regra do bom senso.

               Quando todos os convidados forem embora, sairão os noivos, logo os padrinhos e por fim o Babalorixá.

                             CONSEQUÊNCIAS:

               É lógico, pelos rituais feitos, este casal viverá na mais perfeita harmonia, sem ciúmes, sempre bons amigos, companheiros, etc. Sem o menor problema.

               Mas veja bem: Nem a morte há de separá-los!

               Quer dizer, se por algum motivo (súbitos males ou acidentes), um dos dois venha a desencarnar, o outro viverá sozinho e nunca mais  casará,  novamente.

               Justamente por causa disso não é aconselhável fazer matrimonio a casais com menos de 40 anos de idade já por causa desta frase acima.

               A segunda regra é que tenho que ter a garantia absoluta de meus Orixás que: Existe muito amor entre este casal e não envolva terceiros (ex-esposa ou filhos do primeiro casamento).

               Sabemos que, uma vez casados na Umbanda, viverão um mundo isolados de outras pessoas, coisas e fatos.

               Vão viver exclusivamente um para o outro, e no mundo exterior simplesmente trabalhar, adquirir, mas, ignorar tudo o mais.

               Já pensou, se um Babalorixá casa dois jovens, e um morre acidentalmente, e o outro viver mais 40 ou 50 anos?

               Alguns livros afirmam que o espírito fica próximo até o fim dos dias do outro, impedindo até mesmo uma reencarnação.

               É um trabalho com efeitos irreversíveis, e só imagina pela Lei de Causas e Efeitos, a tamanha responsabilidade destes médiuns perante o Supremo Tribunal do Astral.

               Quero lembrar que somente eu faço esta regra de não casar jovens.

               Podem existir regras impostas pelo Babalorixá, como, na sessão de Iemanjá o casal tomará o banho de mar, em Xangô tomará banho de cachoeira, na encruzilhada tomará o banho de marafa.

               Haverá, na encruzilhada, o trabalho de bode preto, cujo corpo, depois do trabalho, será devidamente preparado para uma boa churrascada ou doado  algum família necessitada.

               Em cada sessão todos os materiais  usados, segundo a linha, falange, etc.

              Existem outras reuniões espíritas simples para abençoar uma UNIÃO... Um casamento, a qual não envolve nenhum compromisso entre o casal presente e a sua entidade.

               Este sim pode ser feito num único dia, numa sessão comum, desde que não haja pactos com Orixás.

JHAURO ARAUJO -BABALORIXÁ ORIENTAL UMBANDISTA

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